quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Os Filhos do Pinheirinho




Que quereis vos, petizes inocentes?
Viestes ao mundo de tão insistentes
De tez incerta ou escura qual a noite
Iguaria rara à demência do açoite
Do opressor dos degredados
Pelas garras dos soldados
Eis que roubados da serventia
Pela abundância da mais-valia




Vedes que vos negam o futuro
Ó condenados ao cárcere do muro
Inocentes, renitentes, insistentes
Frutos das paixões inconseqüentes
Se pudesse vos devolveria
Ao ventre de Maria
Mãe dos degredados
Esteio dos flagelados
Eis que jamais vos libertaram
Tal qual um dia imaginaram




A servidão perdura
Segue em marcha a escravatura
Que quereis então, petizes inocentes?
Viestes ao mundo de tão insistentes
De tez duvidosa ou negra qual carvão
Não esperais que algum vos estenda a mão
Desvanecei, pois, pequenos insistentes
Ousastes nascer, não sois inocentes

Eduardo Guimarães


Um comentário:

  1. Polícia do PT expulsa 70 famílias e destrói 450 barracos de uma área da União no Distrito Federal e ninguém aqui reclama. Nínguém vai acusar o governador de lá de genocida, de nazista? Ninguém vai fazer uma charge da Dilma com o nariz em forma de fuzil, fuzilando pobres que não tem para onde escapar? Eu nunca faria isto mas aqui neste blog tem os proxenetas de pobres despostos a faze-lo.

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